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Fernando Pessoa
A morte chega cedo
A morte chega cedo,
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
O amor foi começado,
O ideal não acabou,
E quem tenha alcançado
Não sabe o que alcançou.
E tudo isto a morte
Risca por não estar certo
No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto. |
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À
Memória do Presidente-Rei Sidónio Pais, À
memória do Presidente-Rei Sidónio Pais
Amiel,
Poesias Inéditas
A minha
alma partiu-se como um vaso vazio, Álvaro de Campos
A minha
camisa rota,
Poesias Inéditas
A minha
vida é um barco abandonado, Cancioneiro
A montanha
por achar,
Poesias Inéditas
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