Fernando Pessoa - poemas
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Fernando Pessoa
Amiel

 
NÃO, NEM NO SONHO a perfeição sonhada
Existe, pois que é sonho.  Ó Natureza,
Tão monotonamente renovada,
Que cura dás a esta tristeza?
O esquecimento temporário, a estrada
Por engano tomada,
O meditar na ponte na incerteza...

Inúteis dias que consumo lentos
No esforço de pensar na ação,
Sozinho com meus frios pensamentos
Nem com uma 'sperança mão em mão.

É talvez nobre ao coração
Este vazio ser que anseia o mundo,
Este prolixo ser que anseia em vão,
Exânime e profundo

Tanta grandeza que em si mesma é morta!
Tanta nobreza inútil de ânsia e dor!
Nem se ergue a mão para a fechada porta,
Nem o submisso olhar para o amor. 
 

 
  • Ali não havia eletricidade, Álvaro de Campos
  • A Lua (dizem os ingleses), Poesias Inéditas 
  • Amamos sempre no que temos, Cancioneiro 
  • A mão posta sobre a mesa, Poesias Inéditas 
  • Ameaçou chuva, Cancioneiro 
  • À Memória do Presidente-Rei Sidónio Pais, À memória do Presidente-Rei Sidónio Pais 

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