Fernando Pessoa - poemas
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Fernando Pessoa
  A minha vida é um barco abandonado

 

A minha vida é um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado ?

Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.

Morto corpo da ação sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.

Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.
 

  • Amamos sempre no que temos, Cancioneiro 
  • A mão posta sobre a mesa, Poesias Inéditas 
  • Ameaçou chuva, Cancioneiro 
  • À Memória do Presidente-Rei Sidónio Pais, À memória do Presidente-Rei Sidónio Pais 
  • Amiel, Poesias Inéditas 
  • A minha alma partiu-se como um vaso vazio, Álvaro de Campos
  • A minha camisa rota, Poesias Inéditas 

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