Fernando Pessoa - poemas
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Fernando Pessoa
Tão vago é o vento que parece


Tão vago é o vento que parece
Que as folhas fremem só por vida.
Dorme um calar em que se esquece.
Em que é que o campo nos convida?

Não sei. Anônimo de mim,
Não posso erguer uma intenção
Do saco em que me sinto assim,
Caído nesse verde chão.

Com a alma feita em animal,
A quem o sol é um lombo quente,
Aceito como a brisa real
A sensação de ser quem sente.

E os olhos que me pesam baixo
Olham pela alma o campo e a estrada.
No chão um fósforo é o que acho.
Nas sensações não acho nada.


  • Tabacaria, Álvaro de Campos
  • Talvez que seja a brisa, Poesias Inéditas 
  • Também sei fazer conjeturas, Alberto Caeiro
  • Tão cedo passa tudo quanto passa!, Ricardo Reis
  • Temo, Lídia, o destino. Nada é certo, Ricardo Reis
  • Tenho dito tantas vezes, Cancioneiro
  • Tenho escrito muitos versos, Poesias Inéditas
  • Tenho esperança? Não tenho, Poesias Inéditas 
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