Fernando Pessoa - poemas
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Fernando Pessoa
Cancioneiro

Autopsicografia


 
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente. 

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm. 

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração. 
 


  • Às vezes tenho idéias felizes, Álvaro de Campos
  • Atrás não torna, nem, como Orfeu, volve, Ricardo Reis
  • Atravessa esta paisagem o meu sonho dum porto infinito, Cancioneiro 
  • A tua carne calma, Poesias Inéditas 
  • A tua voz fala amorosa, Inéditas 
  • A Última Nau, Mensagem - O Encoberto 

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