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Fernando Pessoa
Poesias Inéditas
A pálida luz da manhã de inverno
A pálida luz da manhã de inverno,
O cais e a razão
Não dão mais 'sperança, nem menos 'sperança
sequer,
Ao meu coração.
O que tem que ser
Será, quer eu queira que seja ou que não.
No rumor do cais, no bulício do rio
Na rua a acordar
Não há mais sossego, nem menos sossego sequer,
Para o meu 'sperar.
O que tem que não ser
Algures será, se o pensei; tudo mais é sonhar.
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A novela
inacabada,
Poesias Inéditas
Ao entardecer,
debruçado pela janela, Alberto Caeiro
Ao longe,
ao luar,
Cancioneiro
Ao longe
os montes têm neve ao sol, Ricardo Reis
Aos deuses
peço só que me concedam, Ricardo Reis
A Outra,
Cancioneiro
Ao volante
do Chevrolet pela estrada de Sintra, Álvaro de Campos
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