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Mensagem
Nota Preliminar
Benedictus Dominus Deus noster qui
dedit nobis signum
O entendimento dos símbolos e dos rituais (simbólicos) exige
do intérprete que possua cinco qualidades ou condições,
sem as quais os símbolos serão para ele mortos, e ele um
morto para eles.
A primeira é a não direi a primeira
em tempo, mas a primeira conforme vou citando, e cito por graus de simplicidade.
Tem o intérprete que sentir simpatia pelo símbolo que se
propõe interpretar.
A segunda é a A simpatia
pode auxiliá-la, se ela já existe, porém não
criá-la. Por intuição se entende aquela espécie
de entendimento com que se sente o que está além do símbolo,
sem que se veja.
A terceira é a A inteligência
analisa, decompõe, reconstrói noutro nível o símbolo;
tem, porém, que fazê-lo depois que, no fundo, é tudo
o mesmo. Não direi erudição, como poderia no exame
dos símbolos, é o de relacionar no alto o que está
de acordo com a relação que está embaixo. Não
poderá fazer isto se a simpatia não tiver lembrado essa relação,
se a intuição a não tiver estabelecido. Então
a inteligência, de discursiva que naturalmente é, se tornará
analógica, e o símbolo poderá ser interpretado.
A quarta é a entendendo por esta
palavra o conhecimento de outras matérias, que permitam que o símbolo
seja iluminado por várias luzes, relacionado com vários outros
símbolos, pois que, no fundo, é tudo o mesmo. Não
direi erudição, como poderia ter dito, pois a erudição
é uma soma; nem direi cultura, pois a cultura é uma síntese;
e a compreensão é uma vida. Assim certos símbolos
não podem ser bem entendidos se não houver antes, ou no mesmo
tempo, o entendimento de símbolos diferentes.
A quinta é a menos definível. Direi talvez, falando a uns,
que é a falando a outros, que é
a mão do Superior Incógnito, falando a terceiros, que é
o Conhecimento e a Conversação do Santo Anjo da Guarda, entendendo
cada uma destas coisas, que são a mesma da maneira como as entendem
aqueles que delas usam, falando ou escrevendo.
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